quinta-feira, 30 de junho de 2011

Seaweed - Service Deck/The Weight EP (2011)

Há 13 anos atrás o Seaweed lançava seu disco Actions & Indications, foi o último material da banda até a notícia, já lançada 4 anos atrás em um show reunião, da gravação de um novo disco. Os fãs esperaram e os primeiros sons começam a aparecer essa semana com o lançamento do EP de duas músicas que figurarão no novo álbum . O Seaweed surgiu em 89 em Tacoma, influenciado pela (então nova) cena grunge de Seattle e da tradição do Hardcore de Washington. Logo depois do lançamento de seu primeiro disco, "Seaweed", o grupo foi solicitado pela Subpop pra gravar um novo disco com a produção de Jack Endino, o disco "Despised". O resultado todos nos conhecemos. Segue o link pra download do novo EP gravado com a formação original que saiu pela No Idea Records.

LINK: http://www.mediafire.com/?v5b02l71zx5ra21

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Big Crux - Nature Cruising (2011)

Da nova safra da música de Seattle, o Big Crux executa o melhor do Hardcore americano oitentista, com um som que varia entre Minutemen e Dead Kennedys. Altamente recomendado para fãs de Big Boys e das ressonâncias funk no Hardcore. Disponibilizo os dois primeiros ep's da banda, "...is a Big Funk" e "Nature Cruising" que saíram respectivamente em Janeiro e e Junho desse ano, pela Iron Lung Records.



Pointed Sticks - Perfect Youth (1980)

Um clássico obscuro, o Pointed Sticks apareceu no Canadá em 1978 e durou até 81, nesse meio tempo eles lançaram um disco e outros diversos singles repletos do melhor power-pop que você já ouviu. Chegaram a  gravar um álbum em 1979, mas devido a problemas financeiros a gravadora faliu e o disco nunca foi lançado. Gravaram em 1980 o disco "Perfect Youth", repleto de clássicos nem tanto apreciados. Disponibilizo hoje o "Perfect Youth", mas pra quem se interessar tem uma coleção remasterizada da discografia da banda chamada "Part of The Noise" que dá pra achar pela internet.

LINK: http://www.mediafire.com/?xwmia1dwkkjzehi

terça-feira, 28 de junho de 2011

Wipers - Youth of America (1981)

Uma das minhas bandas favorita de todos os tempos, o Wipers sempre significou pra mim aquilo que há de melhor dentro do punk, a emoção travestida em fúria e transformada em música. Surgida no glorioso ano de 1977, em Portland, Oregon o Wipers sempre se propos a misturar os elementos crús do garage-rock com uma inovação mais melódica (pra não dizer as vezes psicodélica) do punk a lá Ramones. Sempre lembrada como uma banda eficiente e tecnicamente superior pro nivel da época o Wipers inspirou de Melvins até Nirvana, de Poison Idea a Dinosaur Jr. O primeiro album, o clássico "Is This Real?" foi lançado em 1980 e relançado em cd pela Subpop em 1993. Foi nomeado por John Peel como um dos seus 20 discos favoritos e provavelmente fez com que as outras bandas da época parececem amadoras, músicas cheias de contra-tempos, dedilhados, sustain e etc. Enfim, um disco essencial pra quem quiser entender um pouco do lado-b, mas nem tanto, do Hardcore Americano. Mas o assunto hoje é o segundo disco do Wipers: "Youth Of America" de 81. Enquanto no "Is This is Real" a banda mantinha uma grande influência do punk de Nova York com umas composições mais sintéticas e relativamente tradicionais, nesse disco a coisa muda um pouco, as composições desse disco se destacam pelo seu caráter um tanto quanto complexas. No antigo site da Zeno Records, o vocalista/guitarrista e figura principal do Wipers, Greg Sage, faz seu comentário sobre o disco: "Youth Of America foi um pouco diferente das gravações anteriores. A música Youth Of America em si é sobre um sonho que tive sobre o futuro. Um tempo onde as pessoas se auto-reproduzem a tal ponto que até a coisa mais simples tornou-se algo com um alto grau de competitividade. O sonho tinha um senso de realismo e intensidade que eu precisei simbolizar na gravação. Na época do disco, a tendência que a maioria das bandas reproduzia era de canções rápidas e curtas a tal ponto que algumas bandas faziam sons menores que 13 segundos e etc. Eu fiz exatamente o oposto fazendo algumas canções chegarem a 10 minutos de duração, isso não nos fez popular nos EUA, mas no exterior foi um história diferente. Os discos do Wipers foram sempre mal recebidos nos EUA, devido a nossa libertação das tendências. Levaria de 6 a 9 anos até que nossos discos se tornassem relevantes nos EUA."
O que vai vir depois também não deixa a desejar, o disco "Over The Edge" é considerado por muitos o disco mais maduro (seja lá o que isso significar) do Wipers. Pode-se considerar um disco que fica entre o meio termo dos dois anteriorer, músicas mais curtas e mais "fáceis" como em Is This Real?, mas com a profundidade do Youth Of America.
Escolhi o Youth of America justamente por ser o disco que faz essa ponte. Depois que você ouvir esse, não vai aguentar muito tempo sem ouvir os outros dois. O Wipers lançou discos até 1999, mas creio que nada se compara a essa trilogia inicial (apesar do próximo disco Land of the Lost também ser muito bom).

LINK: http://www.mediafire.com/?4m1euplmf5n

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Pere Ubu - The Modern Dance (1976)


Inauguro o blog com uma pérola do rock americano dos anos 70: PERE UBU (poderia adicionar ainda taxações como rock industrial expressionista, proto-punk dadaísta e outros exímios rótulos agradáveis de ouvir, mas difíceis de decifrar). A questão é que o Pere Ubu, de uma forma ou de outra, já garantiu seu lugar dentro da história recente do rock mundial. A figura central aqui é David Thomas, cantor e fundador do Pere Ubu, que já havia marcado presença em 1974 como membro fundador do Rocket From the Tombs, a banda protopunk de Cleveland que mais tarde se dividiu e acabou gerando o Dead Boys. David se juntou a Peter Laughner para fundar o Pere Ubu e juntos chegaram a lançar 3 singles até a morte de Laughner em 1977.
David Thomas e Peter Laughner
The Modern Dance sai em 1978, já pela Blank Records (subdivisão da Mercury). Nas palavras de um crítico que nomeu o disco como um dos 7 discos de rock de todos os tempos: "O som começa a partir do velho espirito do garage-rock, mas distorcido com harmonia e um ritmo grotesco. A letra surreal e o humor estudantil atenuam a força dramática da perfomance, mas ao mesmo tempo, aumenta a sensação de loucura coletiva, de fatalismo resignado e de escravidão inelutável."
A angústia é realmente o sentimento melhor decomposto no som do Pere Ubu, referências a situação do homem na sociedade industrial dão o  "background" mais conceitual do disco, que ainda é altamente contornado por sintetizadores malucos. Com influência que vão de Zappa até Blues, o disco é um representante máximo da new-wave norte americana. Altamente recomendado. Destaque pro som "Over My Head"

Não sei quantas pessoas vão ler isso, ou se o blog vai durar mais que duas postagens, mas espero que gostem, ainda estou aprendendo a mexer, com tempo vou acertando tudo aqui.
Abraços